Entrega da medalha de Mérito Legislativo
A outorga da Medalha do Mérito Legislativo é uma homenagem que o Poder Legislativo presta, anualmente, a pessoas, indicadas pelos vereadores em exercício, que tenham se destacado por sua atuação em benefício da comunidade e por sua atuação exemplar na vida pública e particular.
Foram homenageados os(as) senhores(as) Antônio Vilas Boas, por indicação do Vereador José Paulo; Cristiane Piazza Silva, por indicação do Vereador Denis Wellinton de Souza; Gema Rangel de Oliveira, por indicação do Vereador Deildo Nunes Pereira; Gerson Luiz Correa, por indicação do Vereador João Alberto Silva; José Raimundo Soares, por indicação do Vereador Marcos Batista; Lucas Silva Fonseca, por indicação do Vereador Matheus Bustamante Gomes; e Murilo Lopes da Silva, por indicação do Vereador Claudio de Lima Lopes.
Homenageados
Antônio Vilas Boas
Nasceu em 22 de agosto de 1931, filho de Abel Evaristo Vilas Boas e Maria Isabel de Jesus. Começou a trabalhar aos 15 anos. Trabalhou como carreiro, prestando relevantes serviços para a comunidade. Casado com a saudosa Dona Irene, que foi uma das primeiras professoras no Bairro Pitangueiras, na década de sessenta. Tiveram 3 filhos: Maria Aparecida Vilas Boas, Maria Inês Vilas Boas e José Adilson Vilas Boas. As duas primeiras pontes construídas no Bairro Pitangueiras, ele construiu sozinho, utilizando sua boiada de estimação, que até hoje lembra com firmeza o nome dos seus 6 bois carreiro (Reparo, Fazendão, Bilhete, Recreio, Palácio e Veado). Puxou 80 carros cheios de pedras, que tirava do terreno do senhor Sebastião Inácio, que ficava próximo das pontes, que existem até hoje e servem à comunidade. Homem honesto e honrado em tudo que fez e faz.
Cristiane Piazza Silva
Filha de José Eduardo Piazza e de Maria Eneida Souza, advogada formada pela Faculdade de Direito do Sul de Minas de Pouso Alegre-MG, Gestora de Serviços Públicos formada pela FACINTER de Itajubá-MG. Casada com Ruberlei Augusto da Silva, mãe de três filhos Pedro, Plínio e Nicole. Participou da farmácia familiar no período de 02/01/1994 a 30/04/1994. Foi Chefe do Órgão Municipal de Saúde de Pedralva-MG, nos períodos de 01/07/1994 a 31/12/1996 e de 06/01/1997 a 26/10/1998. Tendo iniciado a implantação do primeiro Programa da Saúde da Família-PSF do Município de Pedralva-MG. Foi Chefe do Órgão Municipal de Saúde de Piranguinho-MG, no período de 09.08.1999 a 30.12.2000. Foi vereadora por dois mandatos, nos períodos de 2001 a 2004 e 2005 a 2008, tendo participado ativamente de diversas comissões dessa casa legislativa. No período 2007 a 2008, foi Presidente da Câmara Municipal de Pedralva, primeira mulher, tendo participado da reforma da Câmara Municipal de Pedralva-MG e da reforma do Destacamento da Polícia Militar. Auxiliou a criação e a organização da Associação do bairro Belo Ramo. Em 2008 disputou as eleições como candidata a Prefeita, apresentando a população seu projeto de trabalho, mas infelizmente não obteve êxito. Atualmente é advogada atuante na Comarca de Pedralva-MG, Cristina-MG, Brazópolios-MG, Natércia-MG , Itajubá-MG e Pouso Alegre-MG.
Gema Rangel de Oliveira
Nasceu no dia 8 de abril de 1931, em Pedralva, na Rua Coronel Estevam Resende, filha de Mariana Rangel, mais conhecida por Sá Nica. Casou-se aos 16 anos com Sebastião Garcia de Oliveira, conhecido por Tião Cassiano, com quem teve quatro filhos: Vanda, Maria Helena, Renato e Sebastião José, conhecido por Nenê. Tem sete netos e três bisnetos. Ainda jovem, trabalhou na Escola Municipal Coronel Gaspar juntamente com Dona Cota (mãe do Jandir). Quando saiu da escola, trabalhou por mais de cinquenta anos como costureira. Ajudou por muitos anos na Sala da Amizade, um bazar onde eram vendidos roupas e sapatos usados, com o intuito de ajudar instituições carentes. Lá fez grandes amizades e dividiu essa jornada com pessoas muito especiais, que nunca se esqueceu. São elas: Dona Marilena, Dona Chiinha, Dona Vita, Dona Elzira, Dona Celina e Dona Estela. Nasceu com o dom de rezar para as crianças e faz isso até os dias atuais, com muito amor e fé. Nestes muitos anos, já rezou por milhares de crianças e é extremamente grata por este lindo dom que recebeu de Deus. Sempre teve o prazer de ajudar o próximo. Mesmo com pouco, nunca lhe faltou nada. Ajuda com o que pode, com muito amor e carinho, pois considera todos irmãos. Gosta de seguir o que Jesus disse: “amai o próximo como a si mesmo”. É grata à Deus e Nossa Senhora, que sempre lhe deram forças para que conseguisse criar seus filhos e netos. Apesar de muitas dificuldades, se considera uma pessoa abençoada e vitoriosa, pois Deus nunca a desamparou nem a sua família.
Gerson Luiz Correa
Nasceu em 20 de junho de 1967, natural do Bairro Correias, Pedralva-MG, filho de Vito Correa e Maria José Gonzaga Correa e tem uma única irmã, Edna Aparecida Correa Fernandes, casada com Francisco Lopes Fernandes, moradora no Bairro Pedrão. Estudou na escola do Bairro Correias e teve como sua primeira professora Dona Sebastiana Lopes Costa, esposa do saudoso Luiz Renó Costa. Teve também como professora a Verinha do Veni. Concluiu a 4ª serie, quando foi sua professora a senhora Marinéia Costa Leite. Com 8 anos já ajudava seu pai nas lavouras de arroz, milho, banana e feijão. Começou muito cedo a trabalhar. Era uma época muito difícil, onde o dinheiro era muito pouco, quase nada dava pra fazer, dava apenas para manter as despesas. Teve seu primeiro sapato com treze anos de idade, o famoso Kichute, que servia para sair e jogar bola, comprado da venda do Sr Eduardo Cacheta, no Bairro Vintém. Não estudou mais, porque, na época, era muito difícil para estudar, pois não havia como vir a cidade. Passou sua mocidade no Bairro Correias. Quando tinha 22 anos arrendou terras em Brasópolis, onde plantou banana, no distrito de Luminosa, bem na divisa com o Estado de São Paulo, ia e voltava todos os dias. No dia 9 de novembro de 1994 sofreu um acidente que quase tirou sua vida. A partir daí, resolveu morar em Brasópolis, permanecendo lá por 8 anos. Mesmo morando em Brasópolis, vinha toda semana para Pedralva, pois era catequista no Bairro Correias. Preparava uma turma de mais de 50 catequizandos, que preparados por ele fizeram a crisma e primeira eucaristia. Tudo isto com o padre Simão. Assumiu como tesoureiro da comunidade do Bairro, foi eleito Ministro da Eucaristia pela comunidade, era também coordenador da catequese rural da paróquia. No ano de 1999, casou-se com Marta de Souza, a Martinha da Prefeitura, e veio morar em Pedralva. Arrumou serviço na igreja com o Padre Edivar, trabalhando na construção do centro pastoral. Como Ministro, trazido pelo Padre Edivar, juntamente com o Sr. Zezinho Mendonça e o Sr. Paulo Gomes, deu Comunhão nas missas de domingo as 7 horas da manhã, durante 6 anos. No ano de 2003, juntamente com sua esposa Martinha, o Paulo do Waldemar e sua esposa Alaide, foram festeiro da Festa de São Sebastião. Com a chegada do Padre Grilo, levava o padre em todos os Bairros para celebrar missas. Foi vice-coordenador do Cap. Completou a 8ª série na escola Coronel Gaspar em 2003. Em 2004, foi convidado pelo amigo de muitos anos, Luizinho, a disputar uma vaga de vereador, pelo partido PL. Obteve 214 votos, ficando como primeiro suplente do Partido. Com a saída do Sr. Dailton de Paula e Silva, um mês depois de assumir, Gerson tomou posse como vereador, e logo em seguida foi eleito vice-presidente da Câmara. No segundo biênio desta mesma legislatura, foi eleito segundo secretário. Candidatou novamente em 2008, pelo PR e foi eleito vereador. Em 2012 disputou nova eleição pelo PSD e foi novamente eleito, sendo o único vereador que se reeleger. No final de 2014, foi eleito Presidente da Câmara para o biênio 2015-2016, função que exerceu com muita dedicação. Disputou novamente a eleição em outubro de 2016, mas desta vez não obteve sucesso. Hoje, atua como Presidente do Codema e Presidente da Sampe - entidade do menor Pedralvense.
José Raimundo Soares
Conhecido por MUNDINHO, nasceu no dia 07 de Maio de 1947, na cidade de Pedralva, sendo filho de Joaquim Soares e Francisca Rosa Soares, irmão de Ivo Soares e Mário Soares. Passou sua infância na fazenda Santo Antônio, situada no Bairro Santo Antônio, em Pedralva, onde seus pais trabalharam por muitos anos. Durante os anos que morou no Bairro Santo Antonio, ele sempre jogava bola com seus amigos. Ao passar dos anos, Mundinho veio para a cidade trabalhar com Sr. Claudio Bustamante e morava na pensão da Dona Odete, no Bairro da Bica. Morando na cidade, passou a jogar futebol no Sô Sete, time de Veteranos, que jogava no campo da Bica e em cidades vizinhas como Heliodora, Itajubá, entre outras, e lá estava Mundinho com seu cabelo black – power. Com o tempo se casou com a Celina e tiveram 7 filhos (Daniel, Sara, Galderiz, Jéssica, Frank, Franciely e Açucena). Começou a trabalhar na Estrela D’alva fazendo viagens e mesmo assim não abandonou sua paixão pelo futebol. Mundinho começou sua carreira de técnico no Esportinho, time do Bairro Bica, onde tinha o campo de Futebol. Além de amistosos que o Mundinho programava e realizava, o seu time disputava também os campeonatos realizados no campo da Bica. Em 1978, o Esportinho, comandado por Tião Maravilha e tenho o Mundinho como Técnico, fez grandes partidas e chegou em 1 lugar juntamente com os times do Pedrão e Jabuticabal. Na disputa do triangular final, o Pedrão ficou em 1 lugar e foi o campeão, mesmo perdendo para o esportinho por 3 X 2. Grandes craques jogaram com o Mundinho como: Bolucha, Tói, Ferrugem, Macotinha, Marquinho do Levi, PI (goleiro), Sérgio e Paulo Popó que são de Cristina. Com a reinauguração do Estádio Monti, o Mundinho foi técnico do time da Bica nos primeiros campeonatos realizados no estádio. Foi convidado pelo prefeito Dailton para trabalhar no Estádio Monti e treinar as categorias de base de nossa cidade. Daí por diante, Mundinho não parou. Desde que entrou pra trabalhar na prefeitura, esteve à frente do estádio por quase 30 anos e ali acompanhou inúmeros times que passaram por lá, e revelou muitos craques como: El (campestre), Maciel, Flavinho, Edião, Tiãozinho (Bica), Daniel Agápito, Vaguinho (padaria), Luiz Fernando, Dri, Edinho Olindo, entre outros. Quem também jogou na escolinha do Mundinho foi o grande zagueiro do Bahia Lucas Fonseca, que hoje representa a nossa cidade no futebol profissional. Mundinho adquiriu vários uniformes para seus times com ajuda de vários amigos. Na época não era fácil fazer uniformes. Os times de categorias eram chamados de Júnior e fizeram vários amistosos no Estádio Monti e em cidades vizinhas. O jogo que mais marcou Mundinho como técnico foi em Pouso Alegre contra a escolinha do atlético Mineiro, time esse comandado pelo Técnico Grapete, campeão Brasileiro pelo Galo em 1971. O time de Pedralva surpreendeu os Pouso Alegrenses com uma espetacular atuação e com vitória de 3 X 2 para nós. O Jogo revanche foi realizado depois aqui em Pedralva e foi outro jogo que marcou também a passagem do Mudinho com técnico, o resultado foi 3 X 3 . O time de Pedralva Junior começou a disputar um campeonato municipal no Estádio Monti, com alguns reforços de Pedralva, Itajubá e Cristina, não conseguindo muito sucesso. E, assim, acabou sendo chamado pra treinar um time feminino que estava começando na cidade, as meninas tinham garra, porém, não tinha muito recurso para ir longe, embora elas jogassem bem. As noites nos bailes não deixavam ninguém seguir em frente. Mas teve algumas mulheres que se destacavam no meio das outras: Margarete ( da bica) Cremilda, Zete (da contendas), Cristiane Gouveia. A lembrança marcante que tem dessa época é das meninas jogando contra a famosa Barra grande e quando jogavam contra Maria da Fé o estádio lotava. O time feminino de Pedralva chegou a participar de jogos nas cidades vizinhas, mas, sem muito incentivo, o time não durou muito. O Mundinho trabalhou com as categorias de base sem nenhuma verba de Governo, trabalhava no estádio como funcionário da Prefeitura. Com a regularização da Sampe na gestão do Prefeito Tói, Mundinho continuou na sua função de cuidar do estádio até se aposentar há alguns anos. Sempre cuidou do estádio com muito zelo e preocupação, trabalhando aos domingos e feriados, dando sempre o seu melhor para que a grama do estádio pudesse ficar em bom estado para que os campeonatos ali fossem realizados. Como o Mundinho atuava como locutor de rodeio, das festas na praça e no próprio estádio, o então Prefeito Tói o levou para a recém fundada Rádio comunidade FM para comandar o programa Falando de Esportes. No início, Mundinho contava com a colaboração do Zininho, Paqueiro e do próprio Prefeito Tói. Depois de um certo tempo pediu ao Professor Jandir para formarem uma dupla de locutores do Programa, que ficou no ar por mais de 10 anos. O programa sempre foi bem ouvido no município de Pedralva e leva aos ouvintes as notícias de esportes, principalmente dos nossos campeonatos e torneios. Os ouvintes gostam muito do Mudinho pelos seus jargões como: Xelebré, Fubasada, Mete o Inhame, Marraco, quem tem mais latinha pra vender e o mais famoso que dava o que falar a GAROTA DA CAPA...o povo não via a hora pra saber quem era. Depois de aposentado, Mundinho sempre prestigiou os campeonatos de futebol, indo na Estiva, na Pedra Batista, São José do Alegre, Conceição das Pedras e no Estádio para assistir os jogos. Recentemente foi a São José do Alegre para ver o seu time do coração pelo qual é apaixonado, o FLAMENGO, ou o Rubro Negro da Gávea. Lá tirou fotos com os jogadores, entre eles, o Goleiro Adriano, o meia Marquinhos e o atacante Nélio. Foram vários anos devotados e dedicados ao esporte da juventude Pedralvense. Por esses e outros motivos, a todos os amantes de futebol de nossa querida Pedralva, seria impossível falar em futebol e não citar Mundinho como uma presença marcante pra todos nós. Sente-se muito feliz por ter boas histórias para contar.
Lucas Silva Fonseca
Segundo filho de João Batista da Fonseca Neto e Ana Aparecida da Silva Fonseca. Nasceu em Itajuba, no dia 02/08/1985. Seus dois irmãos são: Matheus, um ano e 11 dias mais velho, e Sarah, 10 meses e 10 dias mais nova. Morou em Pedralva, desde o nascimento, onde construiu laços de amizade que perduram até hoje. Estudou do pré-escolar até a 4º série na Escola Estadual Professor Arcádio do Nascimento Moura. E da 5ª série até o 3º colegial, na Escola Estadual Comendador Mário Goulart Santiago. Logo em seguida, em 2004, ingressou na Escola Superior de Educação Física de Cruzeiro, onde graduou-se em licenciatura e bacharelado em Educação Física, e também pós graduou-se em Fisiologia do Exercício e Treinamento Desportivo. Foi aprovado em curso de arbitragem pela Federação Paulista de Futebol em 2008, mesmo ano em que apareceu a oportunidade de tentar seu grande sonho, ser jogador profissional de futebol. Participou de inúmeros campeonatos amadores municipais, regionais e jogos escolares, ocasiões em que representou o Anhumas no municipal e Pedralva em nível regional, inclusive foi atleta da Sampe, por inúmeros anos, em vários esportes como futebol, futsal, voleibol e até basquetebol. Seu primeiro time profissional foi em 2008, já com 23 anos, o Brasilis de Águas de Lindóia. Em 2009, transferiu-se para o Lemense, onde disputou sua primeira competição profissional, o Paulista da Série B. Oportunidade em que foi capitão e sua equipe obteve o acesso ao Paulista A3 entre 48 equipes. Após a conquista transferiu-se para o União São João de Araras para disputar o Paulista A2, onde no início de 2010 teve uma grave lesão e ficou um ano parado. No final do ano de 2010, quando Lucas estava com 25 anos, faleceu seu pai, João Batista, que nos deixou em 22 de dezembro daquele ano. Após a recuperação da lesão em 2011, chamou a atenção do Guarani de Campinas, e chegou no segundo semestre de 2011 para ajudar o time a se livrar do rebaixamento para Série C do Brasileiro. Em 2012 foi para o Mogi Mirim, onde fizeram campanha história no Paulistão, batendo o recorde da equipe considerada “carrocel caipira” do Mogi Mirim que tinha Rivaldo na época como o grande destaque. O resultado final foi o quinto lugar no Paulistão, e o título de Campeão do Interior de 2012. Após as conquistas pelo Mogi Mirim, despertou interesse do Esporte Clube Bahia e foi para lá emprestado, onde em 2012, disputou seu primeiro Brasileirão. Retornou em 2013 para o Mogi Mirim para cumprir o restante do contrato, batendo mais uma vez a campanha histórica do Mogi Mirim do ano anterior, onde o Mogi Mirim foi derrotado nas semi-finais nos pênaltis para o Santos de Neymar, mas acabando o Paulistão em terceiro colocado. Com um pré-contrato assinado, retornou para o Bahia no segundo semestre de 2013, onde se encontra até hoje. Com mais de 150 jogos pela equipe, é o time em que mais atuou. Onde participou dos títulos como Baianão de 2014, acesso ao Brasileirão de 2017, e da Copa do Nordeste de 2017. Saiu do Bahia apenas em 2015, ocasião em que disputou a China Super League, pelo Tianjin Teda, da China. Retornando em 2016 para o Bahia. Antes de profissionalizar no futebol, jogou futebol de areia, onde foi Campeão Paulista, Campeão dos Jogos Regionais e dos Jogos Abertos de SP. Lucas prestigia atividades sociais, dentre elas, doa camisetas e brindes relacionados a times profissionais de futebol para ações entre amigos, além de disputar jogos extraoficiais, tudo a fim de colaborar com o desenvolvimento do esporte municipal. Enquanto vestiu a camisa dos times paulistas, assim como quando disputa partidas pelo Bahia na região Sudeste, é sempre prestigiado pelos seus conterrâneos, familiares e amigos, que lotam veículos de transportes coletivos e se deslocam até os estádios de futebol.
Murilo Lopes da Silva
Nasceu aos dezenove dias do mês de agosto de mil novecentos e quarenta e nove, filho de Sebastião Lopes da Silva e Mariana Rodrigues da Silva, no Bairro Cubatão, Pedralva – MG. O menino cresceu na roça, junto aos pais e irmãos. Seu pai, o Sr. “Tião Lope” tinha uma “venda”, que abastecia o bairro com mantimentos de primeira necessidade e não faltava a cachaça “da boa”. Ele estudou no bairro Sertãozinho até o 2º ano fundamental, e em São José do Alegre, fez o 3º e 4º anos. Em Itajubá estudou a 5ª série (admissão) e após a admissão, surgiu a oportunidade de poder lecionar no bairro de nascimento. Com isso, em 1965, iniciou o curso para professor em Itajubá, período integral, ficando na casa da avó. Ia para casa dos pais, na roça, apenas aos domingos. Ia de bicicleta, indo e vindo de Itajubá. O curso equivalia ao Magistério – 2º grau. Terminou em 1966. Em 67 foi dispensado do serviço militar e começou a dar aulas no Grupo Escolar Rural de Cubatão. Trabalhou por 2 anos e 8 meses como professor alfabetizador. Por outro lado, o menino aos 8 anos começou a aprender a tocar violão entre um serviço ou outro que fazia para ajudar o pai no comércio. O professor foi um empregado de seu pai que veio de Conceição das Pedras. Aos 11 anos começou a cantar com seu pai e sua mãe. Logo apareceu um primo, 13 anos mais velho, que também cantava e tocava violão. Seu pai foi à Pouso Alegre e comprou dois instrumentos. Os dois primos formaram uma dupla de cantadores. Com 14 anos e seu primo com 27, surgiu um convite para os dois se apresentarem na Rádio Itajubá, cantando música sertaneja. Foram contratados e passaram a cantar todos os domingos, das 9 às 10h da manhã, durante 2 anos. Houve ainda um período no qual o programa ficou sob responsabilidade de Murilo, pois o dono do programa adoeceu. A dupla se chamava: “Moreno e Moreninho” e a parceria durou 3 anos. Como havia uma dupla profissional em São Paulo com o mesmo nome, os dois receberam uma nota da justiça para que trocassem. Então se batizaram como “Zé Natal e Natalino”. Em 1969, seu irmão mais velho: Maurício Lopes da Silva, se mudou para a cidade de São José dos Campos. Em 1970, Murilo também se mudou para lá em busca de novas oportunidades. Em junho de 1970 foi admitido na Alpargatas, empresa de calçados, onde trabalhou por 10 anos. Estudou no Senai, se formando como eletricista. Neste período encontrou outro parceiro para cantar. Criou-se a dupla “Tião Natal e Natalino”, voltando a tocar violão enquanto Tião tocava viola. Participaram do Programa de auditório da Rádio Club de São José dos Campos. Após um período de parceria, Tião se mudou para a cidade de Três Corações – MG. E Murilo teve que procurar outro parceiro pras cantorias. A essas alturas da vida, já estava casado. Casou-se com Maria Maurisia, natural de Pedralva- MG, em setembro de 1971. Passou então a cantar com seu cunhado em 1977. Em 1981, foi admitido numa nova e bem conceituada empresa multinacional: Johnson&Johnson, como eletricista. Nesta empresa, foi incentivado a estudar novamente, fez o curso de Instrumentação na escola ETEP. Sua carreira na Johnson foi uma escalada até a supervisão a qual chamavam de Encarregado. Neste interim também participou de vários cursos de treinamento e aperfeiçoamento pela empresa. Este profissional de sucesso não pode deixar de lado seu cunho artístico e então Murilo conseguiu formar sua primeira Banda Musical em 1985: A Banda Real Som, com os vocais: Murilo e Nando. A segunda banda, constituiu-se entre 1991 a 1994, chamada: Som de Cristal, com novos parceiros de voz: Rodolfo e Rodrigo. A terceira banda, de 1995 a 2000, nomeada: Geração 80, com um novo parceiro: Marlon. Esta banda fez bailes, conhecidos como “bailão” em restaurantes na Avenida Paulista, em São Paulo e em Mogi das Cruzes. Neste período, Murilo conheceu grandes artistas como: Gilberto e Gilmar, Milionário e José Rico, César e Paulinho, Fagner, Mato Grosso e Matias, João Mineiro e Marciano e a banda abriu shows de Alan e Aladim, João Mineiro e Marciano, entre outros. Esta banda lhe proporcionou um de seus melhores shows, como o de Rodeio em Mogi das Cruzes, e outros em Santa Isabel e Salesópolis. Em 1990, Murilo foi transferido para Pernambuco, pela Johnson, para instalar uma nova filial na capital Pernambucana. Entre idas e vindas, foi surpreendido por sua demissão em 1992. Sem emprego, resolveu investir num Posto de Gasolina. Comprou o comércio, e sem experiência no ramo, herdou dívidas do antigo dono, um mafioso. Trocou o comércio por outro Posto de gasolina, passando por Salesópolis, Curitiba, Caçapava e por fim comprou uma padaria na cidade litorânea de Ubatuba. Neste local, foi assaltado e roubaram tudo o que tinha, Murilo foi à falência. Ficou sem automóvel, sem emprego e sem dinheiro. Para ajudar neste contexto dramático, um raio caiu em sua casa, queimando aparelhos eletrônicos e desestruturando uma grande garagem na frente da residência, além de rachaduras e danos no telhado. Sendo sempre persistente, Murilo recomeçou sua vida. Voltou a cantar com o cunhado Maurício e começou a trabalhar numa empresa que prestava serviços a Kodak. A dupla de cunhados, apenas com violão e teclado, faziam os mais dançantes “bailões”. Em 2000, Murilo montou uma micro empresa, prestando serviços pelo estado de São Paulo, capital, e até em Tocantins. Murilo conta que teve a interseção de Nossa Senhora Aparecida, por ter sua recuperação financeira e profissional. Deste trabalho, construiu sua casa no local onde nasceu, em Pedralva, além de adquirir outros hectares no mesmo bairro. Local onde reside atualmente. Seu lado artístico hoje é um hobbie, canta na Igreja e faz rezas de “São Gonçalo” com seu parceiro Pedro Ernesto pelo sul de Minas Gerais e interior de São Paulo. Hoje, Murilo é aposentado, mora no bairro Cubatão com sua esposa. Tem 5 netos, 2 filhas e um filho mais jovem. Murilo tem seu dia dividido entre os afazeres da vida do campo, ensaios das músicas religiosas e ainda encontra tempo para participar de reuniões em seu bairro no qual busca por melhoria da qualidade de vida das pessoas e na melhoria da lida com a agropecuária local. Murilo contribui sempre com seu bom humor, incentivo e perseverança. Programa festas e cavalgadas pela região, aproximando famílias, amigos, líderes políticos e religiosos em busca de um bom viver.