Câmara realiza entrega do Título de Mérito Educacional

No último sábado, 16 de outubro, às 20 horas, a Câmara Municipal de Pedralva reuniu em Sessão Solene para entrega do Título de Mérito Educacional “Professor José Raimundo de Faria, o Zé Grande”.

A sessão foi presidida pelo Vereador Paulo Henrique de Faria, que ocupa interinamente a presidência, em função da licença por motivo de saúde do Presidente da Casa, e contou com a presença dos vereadores Aline, Cláudio, Fernanda, João, Luiz Felipe e Matheus.

Prestigiando a sessão esteve presente o Prefeito Municipal, Josimar Silva de Freitas, acompanhado de sua esposa.

A sessão contou também com a ilustre presença de familiares e amigos dos homenageados.

Por motivo de força maior, três professoras homenageadas não puderam estar presentes e duas delas enviaram representes para receber, em seu nome, a homenagem.

Nesta Sessão Solene, a Câmara prestou homenagem aos ilustríssimos professores Elaine Paiva Silva Fernandes, Elisa Claret Gomes de Carvalho, Enes de Fátima Silva, Lúcia de Fátima Oliveira Vilas Bôas, Maria Celina Abreu Gomes, Maria Teresinha Rangel Monti, Paulino José Van Wijk, Raquel Marques Guimarães Simão e Teresinha Aparecida Rodrigues.

A homenagem prestada pela Câmara Municipal, através deste título, tem por objetivo valorizar as instituições de ensino e os gestores da educação do município, e seu título, merecidamente, leva o nome do saudoso professor José Raimundo de Faria, o Zé Grande. Dedicado profissional da educação, que por anos se dedicou a educação em Pedralva, onde se torna o Professor Zé Grande, assim chamado carinhosamente por seus alunos e conhecidos.

Elaine Paiva Silva Fernandes nasceu em 27 de março de 1966, na cidade de São Bernardo do Campo. Filha de Jurandir Silva e Maria Aparecida Paiva, veio para Pedralva aos dez anos de idade. Casou-se com Luciano Ribeiro Fernandes, tem três filhos (Leonardo, Felipe e Fernanda) e um neto (João Pedro). Em 1985, formou-se na segunda turma do magistério na Escola Estadual Comendador Mário Goulart Santiago. Nesse mesmo ano, prestou o concurso para ser professora de 1ª a 4ª série. Em 1986, começou a trabalhar, como contratada, na escola do bairro Sertãozinho, onde atuou durante três anos. Em 1989, tomou posse como professora na Escola Estadual Professor Arcádio do Nascimento Moura. Trabalhou nessa instituição durante trinta anos. Após a municipalização da Escola Professor Arcádio, exerceu outras funções: foi bibliotecária, ajudante na secretaria e professora eventual. Em 2005, concluiu a graduação no curso Normal Superior “Veredas”. Três anos depois, concluiu o curso de pós-graduação, nível de especialização em Supervisão Escolar. Em 2009, passou a exercer o segundo cargo na escola Professor Arcádio como supervisora. Em 2012, foi convidada pela diretora Helenilza Batista do Patrocínio Siqueira para ocupar o cargo de vice-diretora. De 2014 até o final de 2015, foi diretora dessa escola, aposentando-se no início de 2016. Também trabalhou durante dez anos no Colégio Rh+. No ano de 2017, assumiu o contrato para o cargo de supervisora escolar na Secretaria Municipal de Educação, onde atua até o presente momento. Nesses mais de trinta anos, guarda muitas amizades, que perduram até os dias de hoje. Sempre amou trabalhar com a educação e nunca deixou de acreditar no papel transformador que os professores exercem na vida dos alunos.

Elisa Claret Gomes de Carvalho nasceu em 15 de julho de 1959, no Bairro Jabuticabal. Filha de José Gomes de Siqueira e Maria José Piazza de Siqueira. É a sexta filha de uma família bem numerosa, composta por 12 filhos, sendo 10 mulheres e 2 homens. Embora tenha vivido as dificuldades passadas por uma família numerosa, foi uma criança muito feliz. Desde muito criança sonhava em ser professora, brincava de dar aulas para “sabugos” de milho e seu pai sempre dizia: “A ELISA VAI SER PROFESSORA!”. Em 1977, formou o 3°ano colegial e veio morar na cidade. Prestou vestibular na Faculdade de Filosofia em Itajubá e foi aprovada para o Curso de ESTUDOS SOCIAIS. Durante o curso, trabalhou como balconista na Padaria do Senhor José Carvalho e como secretária no escritório do INPS. Nessa época, aos 17 anos, começou a namorar seu marido, o Nino Carvalho, com quem se casou, em 1982. Cinco anos mais tarde, já tinha suas três filhas: Larissa, Annelise e Paula. Em 1980, formou-se em ESTUDOS SOCIAIS e iniciou sua carreira como professora. Em 1981, deu aulas de Geografia na cidade de Piranguçu. Neste mesmo ano, começou a lecionar em Pedralva, na Estadual Comendador Mário Goulart Santiago, o Colégio, e foi aprovada no concurso do Estado de Minas Gerais para o cargo de Professora. Além de Pedralva, lecionou na Escola Estadual Mário Cassasanta em Piranguçu, nos anos de 1981 e 1982, na Escola Estadual Carneiro Júnior em Itajubá, no ano 1983, e na Escola Estadual Maria Lina de Jesus em São José do Alegre, no ano 1984. Em 1984, foi nomeada para o cargo de Professora de Geografia na Escola Estadual Comendador Mário Goulart Santiago, onde trabalhou até se aposentar, em 2009. Durante esse tempo, de 1991 a 1992, fez o curso de GEOGRAFIA PLENA em Três Corações-MG., E, em 1998, concluiu uma PÓS-GRADUAÇÃO em Educação, em Jaboticabal-SP. Em 2001, prestou um novo concurso no Estado de Minas Gerais. Aprovada, foi nomeada em 2002 e atua neste cargo até hoje. Portanto, são 40 anos de atuação na ESCOLA ESTADUAL COMENDADOR MÁRIO GOULART SANTIAGO.

Enes de Fátima Silva, nasceu no dia 23 de agosto, na cidade de Pedralva. Filha de José Cristiano da Silva e Maria Silvestre da Silva. Possui DEZ (10) irmãs. Estudou o ensino fundamental na Escola Estadual Professor Arcádio do Nascimento Moura. Formou no Magistério em 1988 na Escola Estadual Comendador Mário Goulart Santiago. Logo após, começou a lecionar substituindo professores nas escolas rurais e urbanas do município. Em 1990 trabalhou como auxiliar de secretaria na mesma escola em que formou. Ficou três anos nessa escola e exercendo essa função. Em 1995, após realização do concurso público municipal, tomou posse na Escola Municipal do Bairro Barra Mansa. No ano seguinte, em 1996, foi para Escola Municipal Doutor Carlos Ribeiro Filho, no bairro Campestre, onde ficou lecionando por 10 anos. Em 2002, prestou um novo concurso e tomou posse na Escola Municipal Coronel Gaspar, onde está lecionando até os dias atuais nos dois cargos que possui. Enes tem 30 anos de efetivo exercício no primeiro cargo e 22 anos no segundo. Mesmo trabalhando em dois cargos, ainda cursou duas faculdades: Magistério Superior pelo Veredas em Varginha, na UNIS, e Pós Graduação em Alfabetização e Letramento pela FINOM. GOSTA MUITO DE SUA PROFISSÃO. AMA O QUE FAZ. ESTÁ GRATA A TODOS POR ESTA HOMENAGEM E POR ESTAR RECEBENDO ESTE TÍTULO. É GRATA AO SENHOR DEUS e em especial a sua querida mãezinha que a formou com muito sacrifício e sozinha, pois seu pai faleceu muito cedo quando Enes estava com apenas 9 anos de idade. GRATA A TODOS PELO carinho.

Lúcia de Fátima Oliveira Vilas Boas, filha de José Raimundo de Oliveira e de Maria de Lourdes Oliveira, ex-professora leiga. Iniciou sua vida acadêmica em 1967, aos cinco anos. Na época não tinha como ficar em casa e sua mãe a levava para a escola. E para ficar quieta e se entreter, sua mãe lhe deu um caderno, um lápis e uma borracha, e a colocava sentada na fileira de carteiras, como era naquele período. Logo se interessou por fazer tudo o que os alunos daquela série (primeiro ano) faziam, já que não tinha educação infantil e assim conseguiu acompanhar a turma e, com o aval da inspetora, continuou mesmo com pouca idade. Acompanhou as aulas com empenho e esmero até a quarta série, que com apenas nove anos concluiu. Depois disso, queria muito continuar os estudos, mas as dificuldades, por questões financeiras, não pôde, pois naquela época não existiam os incentivos governamentais que existem hoje. Tudo era por conta do docente e, sendo uma menina de nove anos, sem condições de trabalhar e lugar para ficar, seus estudos foram interrompidos ali. Como filha mais velha de lavrador, não lhe restou outra opção: ir para a lavoura trabalhar, mas nunca apagou a esperança de um dia voltar a estudar e se tornar uma professora. No ano de 1990, já casada e com família constituída, eis que brota em seu coração novamente a chance de voltar para a escola, não como aluna, mas como funcionário (Auxiliar de educação básica). Pensava que já que não pôde estudar, iria poder ajudar esses alunos de alguma maneira, que hoje tem tudo o que ela não tinha na sua época. E foi para a Escola Municipal João Batista de Oliveira, que naquele período chamava-se Escola Estadual do Bairro Divisa. Conheceu uma pessoa extraordinária, Professora Neuza Maria Dias Monti Rezende, que, sabendo da sua vontade em continuar meus estudos, a incentivou muito. Porém, tudo era mais difícil, casada e com uma filha pequena e obrigações de uma pessoa do lar para desempenhar. Contudo, as palavras da sua amiga, conhecida como Neuzinha, despertou nela a chama da esperança novamente. Chama essa que estava escondida esperando sua oportunidade. Continuou seu trabalho como Serviços Gerais na Escola Comendador Mário Goulart Santiago, de 1992 a 1999, onde sempre, nas aulas das professoras Celina Abreu e Claudir, fazia a limpeza debaixo das janelas de suas salas de aula para ouvir tudo o que elas ensinavam e, depois, em uma conversa informal, tentava tirar minhas dúvidas. Em 2001, surgiu a chance mais esperada de sua vida. Depois de 28 anos afastada da escola como aluna, fui convidada a fazer o telecurso na Escola Coronel Gaspar, no período noturno. Muito radiante e feliz como uma criança que vai à escola pela primeira vez, lá chegou com apoio incondicional do meu esposo, que sabia de seu sonho. Não hesitou em assumir alguns de meus afazeres domésticos para que eu pudesse me empenhar nos meus estudos. E sua filha, já estava fazendo o 3º ano do ensino médio. Nada a impedia que continuasse e com apenas nove meses concluí o 9º ano, conciliando seu tempo com o serviço de auxiliar de serviços gerais, dona de Casa e os estudos. Terminando o Telecurso, foi tentar fazer a EJA (Educação para Jovens e Adultos). Naquele ano não houve alunos suficientes para ter uma sala. Então resolveu fazer o Ensino Médio na sala de aula regular com todos os anos completos, na Escola Estadual Comendador Mário Goulart Santiago. Trabalhando o dia na mesma profissão ASB, dependendo de amigos para tomar um banho para ir para a aula e consegui concluir mais uma etapa. Seu sonho estava mais perto. Em 2006, formava no 3º ano do ensino médio. Antes que concluísse, em setembro, vieram na escola fazer divulgação de curso de normal superior, a secretária e o reitor da universidade Unipac, núcleo instalado em Piranguinho. Não pensou duas vezes e lá foi ela, no dia 7 de janeiro, fazer o vestibular para cursar a tão sonhada faculdade. E para sua maior alegria foi aprovada. Começava ali a concretização do seu sonho, conciliando serviço e tendo ajuda de muitas pessoas, compreensão da sua família e apoio de seus superiores da época. Tudo caminhou, com alguns obstáculos vencidos, que muitas vezes não foi fácil, passando às vezes noites sem dormir, enfrentando estrada rural, meia-noite, sozinha, embaixo de temporais, sem me alimentar direito, por falta de tempo. No dia 8 de janeiro de 2010, o seu sonho se tornou realidade, foi graduada em Normal Superior. De 2010 a 2011, pós-graduou em Educação Especial e Inclusiva. Prestou concurso em Cristina, nossa cidade vizinha, e se classificou. Porém, ainda continuava com Auxiliar de Serviços Gerais. No dia 25 de outubro de 2010, o presente mais esperado de Deus se concretizou, começo a dar aulas na Apae de Pedralva, onde atuou até 2020. Por um motivo de forma maior, teve que se ausentar nesse ano. E Deus a contempla com muito e muito mais. Foi chamada pela rede municipal de Pedralva para ser regente de Turma da Educação Infantil na escola onde iniciou em 1967, na Escola hoje chamada de João Batista de Oliveira, seu avô. E, continuando sua vida acadêmica, no ano de 2013, assumiu o cargo de Professora Efetiva da Educação Básica na cidade de Cristina. E, mesmo dando aulas aqui na Apae, não parou de estudar. Hoje é graduada em Normal Superior, Pedagogia e Educação Especial. Pós-Graduada em educação especial e Inclusiva, Neuropsicopedagogia e Bliblioteconomia. É muito feliz e agradecida a Deus, aos meus familiares, amigos que a apoiaram e acreditaram no meu potencial. Hoje, por ocasião desta homenagem que está recebendo da Câmara Municipal, quer prestar sua homenagem póstuma a pessoa que mais contribuiu para que tudo isso acontecesse, seu esposo Sebastião Batista Vilas Boas.

Maria Celina Abreu Gomes nascida em 1º de abril de 1955, na cidade de Pedralva, Minas Gerais, é filha de Francisco Caldas de Abreu e Maria Eunice Rezende Abreu. Em 12 de janeiro de 1980, casou-se com José Edson Gomes com quem tem os filhos Raíssa Abreu Gomes e Bruno Abreu Gomes. Francisco Reis Abreu, quatro anos, é o seu primeiro neto. Em 1962, iniciou seus estudos na Escola Coronel Gaspar. Em seguida passou pelas escolas Prof. Arcádio do Nascimento Moura e Colégio Estadual de Pedralva. Em 1971, matriculou-se no Colégio Normal Sagrado Coração de Jesus, na cidade de Itajubá, onde cursou o Ensino Normal. Em 1974, iniciou seus estudos, no Curso de Letras, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Itajubá, licenciando-se em LETRAS (PORTUGUÊS/INGLÊS e suas LITERATURAS). Em 1983, concluiu a Habilitação em SUPERVISÃO ESCOLAR, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ouro Fino. E em 1997, concluiu o curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”, em nível de Especialização, na área da Educação, denominado “O Processo do Ensino e Aprendizagem da Língua Portuguesa”, na Faculdade de Educação “São Luís”, na cidade de Jaboticabal, SP. Iniciou sua carreira profissional, em fevereiro de 1975, na Escola Estadual do Bairro Divisa. Trabalhou em seguida, na E. E. “Professor Arcádio do Nascimento Moura”, depois na E. E. Coronel Gaspar, na E.E. “Comendador Mário Goulart Santiago” e na Escola RH. Na E.E. “Comendador Mário Goulart Santiago” foi onde permaneceu por mais tempo. De 1977 a 79, trabalhou como contratada, atuando como professora de Inglês. Depois, retornou como professora efetiva, em 1983, e permaneceu até se aposentar. Nos primeiros anos, como professora de Língua Portuguesa, Educação Artística e Inglês. De 1983 a 1988, atuou também como Professora no Uso da Biblioteca da Escola. De 1985 a 1988, como Supervisora Pedagógica, no Ensino Fundamental e Médio. Em 1989, retornou para seus dois cargos , como Professora de Língua Portuguesa, atuando de 5ª a 8ª séries e no Ensino Médio. Aposentou-se, em seu primeiro cargo, no ano de 1998, e, no segundo cargo, no ano de 2006.

Maria Terezinha Rangel Monti nasceu no dia 21 de março de 1943 em Pedralva. Filha de Joaquim Bernardes Rangel e Agostinha de Barros Rangel. Casada com Antonio Carlos Monti e mãe de Caian e Maitê. Estudou no Colégio Macedo Soares, em Volta Redonda. Concluiu o curso secundário em Português, Inglês e suas literaturas na FEPI, em Itajubá. Trabalhou na Escola Estadual Coronel Gaspar e Escola Estadual Comendador Mário Goulart Santiago. Está aposentada como professora há 28 anos.

Paulino José Van Wikj nasceu em 10 de dezembro de 1960. Filho de Otto Joseph Van Wijk (Holandês) Técnico Agrícola, Bibliotecário na Prefeitura de Municipal de Pedralva, e de Maria de Lourdes Faria Van Wijk (Professora). Tendo três irmãos: Cornélio José Van Wijk, Ana Maria Van Wijk e Cornélia Maria Van Wijk, além de uma irmã de criação, Dirce Marçal da Silva. Cursou o ensino primário na Escola Coronel Gaspar; de 5ª a 7ª séries no colégio Estadual Comendador Mário Goulart Santiago e a 8ª série ingressou no Seminário Seráfico Santo Antônio da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos) em Santos Dumont-MG, estudando no Colégio São José da citada cidade. O 2 º grau cursou Técnico em Contabilidade no Colégio Santos Dumont em Santos Dumont e morando no seminário. Formou-se em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de MG estudando com os Franciscanos e residindo no Convento Santa Maria dos Anjos em Betim-MG. Morou em vários lugares: Santos Dumont, Betim, Visconde do Rio Branco, Belo Horizonte, Petrópolis-RJ. Em 1989 desligando-se dos Franciscanos retornou para Pedralva. Em 1991, prestou concurso na Prefeitura Municipal de Pedralva para o cargo de Professor. Trabalhou como professor substituto na Escola do Bairro Pitangueiras, no Lar da Criança Nossa Senhora de Fátima e na Escola da Barra. Depois na Sala Especial criada pela Prefeitura, quando fez um curso preparatório para Educação Especial. Quando foi criada a Apae, em 1999, passou a ser funcionário cedido da Prefeitura como Professor para esta Instituição, realizando vários cursos direcionados para Educação Especial. Realizou um curso de atualização em Educação Especial. Paulino agradece a Deus por estes anos de trabalho, pelo apoio da sua Família e carinho de todos. Seu Pai faleceu em 1976 quando ingressou no seminário, mas participou da sua trajetória de junto de Deus. Sua mãe e meus irmão o acompanharam de perto, com os quais tem e teve a graça de conviver e compartilhar sua vida por longos anos.

Raquel Marques Guimarães Simão nasceu em 15 de agosto de 1976 em Pedralva. Filha de José Joaquim Guimarães e Inês Marques Guimarães. Tem dois irmãos: Rosendo Marques Guimarães e Rogério Marques Guimarães. É casada com Valdecir Simão, mais conhecido como Dé e têm uma filha, Gabriela Marques Guimarães Simão. Estudou na Escola Municipal Coronel Gaspar, na Escola Estadual Professor Arcádio e na Escola Estadual Comendador Mário Goulart Santiago. Nesta última fez o curso de Magistério. Cursou pedagogia na FEPI, em Itajubá É Pós graduada em Educação especial Raquel Marques Guimarães Simão, decidiu seguir a profissão de professora e não tinha ideia do que a esperava futuramente. Milhões de oportunidades surgiram ao decorrer do tempo. Teve seu início de carreira no Lar da Criança Nossa Senhora de Fátima de Pedralva, onde teve uma incrível oportunidade de trabalho, logo em seguida, foi trabalhar no Coronel Gaspar, como professora intérprete de libras. Atualmente, Raquel atua na APAE de Pedralva e também no município, na Escola Joaquim Gonçalves da Silva Braga. Todo professor tem sua história e seu caminho. E com este vem sua bagagem, as experiências trazidas, tudo o que compõe esse trajeto criado por si mesmo. Lembranças e ensinamentos foram essenciais para sua construção tanto como pessoa, quanto como profissional. Raquel também atuou em outras escolas e também teve a oportunidade de trabalhar como diretora das zonas rurais de Pedralva. Para Raquel, ser professora não é apenas ensinar, mas também aprender. A cada passo, uma nova lição surgia. Seus ensinamentos vão muito além dos conteúdos ditos no currículo, nem sempre é por meio das palavras que aprendemos ou ensinamos. Todos os conhecimentos foram enriquecendo abundantemente com o decorrer dos anos! Ser professor é um dom inexplicável. Raquel e todos os milhares de professores estimulam o conhecimento e a educação. Seu ofício é um dos mais dignos! Sua trajetória é gigante, você tem um lindo e abençoado caminho pela frente, com certeza, ainda virão muitas histórias para contar e muitas crianças para você ensinar!

TERESINHA APARECIDA RODRIGUES, nasceu em 03/04/1974, no Bairro Castelhano, filha de José Geraldo Rodrigues e Maria Aparecida Juliano Rodrigues. Tem três irmãos: Maria das Graças Rodrigues, Francisco Rogério Rodrigues e Pedro Reginaldo Rodrigues e uma filha, Luciana Rodrigues Massafera. Teresinha, sempre teve o sonho de ser professora, mas viveu em tempos difíceis, na zona rural, tempos estes onde precisou ajudar seus pais na lavoura e não tinha acesso à cidade para continuar os estudos. Estudou no bairro Castelhano até a 3ª série e aos 10 anos de idade concluiu a 4ª série no grupo do Bairro Estiva. A partir dos 10 anos trabalhou na lavoura de café, banana, arroz, tomate entre outros. Mesmo com as dificuldades ela nunca desistiu de realizar seu sonho. Sempre acreditou em dias melhores e que seria uma vencedora, que seria uma professora. Participou dos eventos da comunidade em seu bairro, atuou como catequista. Em 1992 foi a primeira a iniciar a festa de São Francisco, no bairro Castelhano para a construção da igreja. Teresinha, sempre acreditou que “um anjo” fosse surgir em sua vida, que fosse lhe dar a oportunidade de seguir com seus estudos e mudar tudo. Quando ela tinha 16 anos de idade, lá no bairro Castelhano, em um dia tranquilo e ensolarado, eis que surge aquele senhor sorridente e feliz, um anjo enviado por Deus, que lhe ofereceu a chance que tanto esperava. Era uma oportunidade de emprego em Itajubá. Trabalhar na casa do filho deste senhor, cuidar de seus netos. Teresinha considera e agradece o senhor Antônio Nélcio de Abreu, o Chinho, e sua família por ser o anjo que mudou sua vida e a levou a concretizar seu sonho. Ela conciliou o trabalho e os estudos e em 1994 concluiu o ensino fundamental, mesmo ano em que sua filha nasceu. Mais uma vez interrompeu os estudos, mas a partir desse momento teve outra razão mais forte para não desistir: sua filha. Trabalhou de babá, empregada doméstica, faxineira, balconista, atendente no Banco do Brasil, atuou no Conselho Tutelar de 2003 a 2006 e neste período, voltou aos estudos. Concluiu o ensino médio através do “Caminho da Cidadania”, no colégio, em 2003. Logo em seguida iniciou os estudos na FEPI, formando-se em Letras em 2007. Neste mesmo ano começou a lecionar em São José do Alegre. Teresinha lecionou nos conteúdos de Língua Portuguesa e Filosofia nas escolas estaduais: Maria Lina de Jesus, Comendador Mário Goulart Santiago e Prof. Arcádio do Nascimento, e nas escolas particulares: Colégio RH, em Pedralva e Colégio Pivoto em, São José do Alegre. Em 2008, concluiu a Pós Graduação em Supervisão Escolar, neste mesmo ano ingressou no cargo, atuou como supervisora nas escolas estaduais: Maria Lina de Jesus, Comendador Mário Goulart Santiago e Prof. Arcádio do Nascimento Moura. Como supervisora, Teresinha, criou o projeto de música “Canção & Cidadania: um acesso de jovens à cultura”, que atendeu vários alunos no contraturno. O projeto foi trabalhado em parceria com voluntários, foi apresentado na Escola Municipal Coronel Gaspar e na Igreja Matriz, no dia das Mães. Ela sempre desenvolveu o trabalho de prevenção na escola em parceria com a Polícia Militar. Teresinha, sempre apoiou, incentivou e organizou os eventos da escola, tais como: campeonatos, festas juninas, gincanas, feira de conhecimento, caminhada, semana do trânsito, palestras, JEMG (jogos escolares), jantares de formatura, intervenção pedagógica de recuperação de alunos, simulado, projetos do noturno entre outros. Ela sempre teve um olhar especial aos alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos) e com seu otimismo procurou incentivá-los a não desistir dos seus sonhos. Assim como os demais eventos, organizava também as formaturas. Fez parte da Associação de Pais e Mestres, no Colégio Mário Goulart. Foi membro do Colegiado no Arcádio e Colégio e representante do Conselho Municipal da Merenda. Além da área de educação, Teresinha sempre esteve presente nas festas dos bairros, nas festas do aniversário da cidade, festa de São Sebastião, Santo Antônio e Nossa Senhora Aparecida, Pedrock e rodeio, ela contribuiu na organização de vários carnavais em nossa cidade, fez e faz parte do bloco EXTRABEFAIZ, o qual participou por 20 anos. Em 2017 foi eleita vice-diretora na chapa do Sebastião Donizetti Monti Souza e seus colegas Leandro Henrique Silva Gonçalves e Lidiane Aparecida Alves Junho. Como vice-diretora sempre incentivou e acompanhou o projeto “Escola Aberta” apoiando, aos finais de semana, os projetos de música, taekwondo, capoeira e jogos de futsal. Apoiou e participou do Programa da Rádio: Colégio em Ação, além de outros eventos. Hoje ela está no segundo mandato de vicediretora, no colégio e sua maior preocupação e dedicação é orientar, apoiar e cuidar dos professores, alunos, funcionários e pais. Busca trabalhar em parceria com a Prefeitura Municipal, Secretaria da Saúde, Secretária de Educação, Centro de Referência de Assistente Social – CRAS, Polícia Militar, principalmente neste período de pandemia. Em 2021, ela criou o Projeto Valorização da Vida - “Cuidando da Saúde Mental” que está sendo desenvolvido na escola em parceria com a Polícia Militar, Psicólogas e membros da comunidade. Além de sua atuação no colégio, ela leciona Filosofia na Escola Maria Lina, em São José do Alegre. Teresinha sempre procurou complementar os estudos. O que parecia ser apenas um sonho resultou em sua formação na área da educação. Ela concluiu: 2007 - Graduação em Letras 2008 - Pós graduação em Supervisão Escolar 2016 – Graduação em Filosofia 2017 – Pós graduação em Educação Especial e Ensino Religioso 2018 - Pós graduação em Inspeção Escolar e Orientação Escolar 2019 – Graduação em Pedagogia 2020 - Pós graduação em Biblioteconomia 2021 - Pós graduação em Gestão Escolar Teresinha acredita que sua vida na área de Educação está apenas começando e que tem muito a contribuir pela educação em nosso município, em nosso estado e em nosso país. Atualmente, ela foi eleita membro do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Pedralva. Ela acredita que tem muito a contribuir em nosso município em defesa dos direitos da Mulher. Teresinha sempre dedicou sua vida a criar sua filha, assumindo o papel mãe e pai ao mesmo tempo e hoje quando ela vê o lugar que Luciana tem na sociedade e diante do mercado de trabalho seu coração se enche de gratidão. Luciana reflete o que sua mãe sempre deu de exemplo: um caráter admirável, honestidade, coragem, ética e muito amor. Quando lembra as dificuldades que passou, vê que com a Graças de Deus nada foi em vão. E isso a leva a ter certeza que quando temos algum propósito não medimos esforços, as dificuldades que passamos, muitas vezes, são só um degrau para a realização de um sonho. Para Teresinha, Luciana é tudo aquilo que sempre sonhou, uma filha, uma amiga, uma companheira, uma família que foi construída com base no amor. E diante da trajetória de vida da Teresinha, podemos ver que ela não é só exemplo diante do seu trabalho e suas ações, mas sim exemplo de vida pessoal, um exemplo que serve de inspiração para muitos jovens, pois é uma pessoa que batalhou, que acreditou no crescimento através dos estudos.